Tecnologia gera economia e aumenta a produtividade. É possível fazer uma pulverização localizada apenas onde as pragas são identificadas
Produtores rurais de Mato Grosso estão investindo na utilização de drones para realizar a pulverização localizada nas lavouras. Com o auxílio dessa tecnologia, é possível reduzir o uso de defensivos agrícolas em até 70%.
O uso de drones para a finalidade de obter informações e imagens com boa qualidade das lavouras é ensinada a alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O agrônomo Mikael Rodrigues explicou que a tecnologia auxilia os produtores a avaliarem novos métodos durante os dias chuvosos e de seca.
“Eles ajudam esses produtores a lidarem com a meteorologia, em dias nublados e a direção do vento também”, disse.
Segundo o técnico agrícola Gilvan Froes, na fazenda onde trabalha, os drones são utilizados para detectadas as pragas nas lavouras.
“Nós trabalhamos com áreas grandes, então com o sobrevoo fica mais fácil de detectar alguma mancha”, afirmou.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) também oferece cursos gratuitos que capacitam os trabalhadores do campo. Desde o início do ano, mais de seis mil pessoas foram qualificadas no estado, segundo o gerente técnico Guto Zanata.
“Quando um produtor compra uma máquina, ela vem com tecnologia. Então, se você vai usar ou não depende dos operadores”, avaliou.
A tecnologia gera economia e aumenta a produtividade. É possível fazer uma pulverização localizada apenas onde as pragas são identificadas. Dessa maneira, é possível reduzir o uso de defensivos em até 70%.
O consultor da Agrihub Fábio Silva explicou que, com a diminuição de produtos utilizados, os produtores rurais do estado podem ter uma economia de R$ 2 bilhões.
“Somente com a pulverização localizada, os produtores podem ter uma economia de R$ 2 bilhões, e conseguiríamos reduzir cerca de 43 milhões de litros de defensivos agrícolas”, afirmou.
O empresário Bruno Pacola, que tem uma empresa onde vende produtos tecnológicos para o campo, disse que o número de produtores rurais que procuram por essas soluções aumentou.
Por Gleyce Santos
Portal G1